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Bradesco, Itaú… tem um ponto comum no próximo resultado dos bancões; saiba qual é

Principais instituições financeiras começam a divulgar seus resultados no fim deste mês

Por Daniel Fernandes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 20 jul 2025, 07h00

A partir de 30 de julho, e até 14 de agosto próximo, os investidores e o mercado financeiro de maneira geral voltam suas atenções à nova rodada de balanços dos principais bancos brasileiros. Os resultados do segundo trimestre do ano a serem anunciados neste intervalo por Bradesco, Itaú, Banco do Brasil, Santander e Nubank devem apresentar diferenças, mas comungam de um ponto comum. A Selic alta, hoje em torno de 15% ao ano, pode reduzir o crescimento do crédito das instituições financeiras e diminuir a margem dos ganhos dessas mesmas companhias.

Prestar atenção nos resultados do segundo trimestre dos bancos é importante, também para o investidor de pequeno porte, por amealhar subsídios para a decisão de investir ou não nessas instituições financeiras.

Assim, Bradesco e Santander são os primeiros a divulgarem seus resultados, no dia 30. O lucro líquido recorrente do Bradesco nos três primeiros meses do ano ficou em R$ 5,9 bilhões. Isso representou altas tanto na comparação trimestral (8,6%) quanto anual (39,3%). Dessa maneira, uma das principais medidas de aferição do fôlego dos bancos, o retorno sobre os investimentos (ROE), ficou em 14,4% no trimestre. “O Bradesco vai conseguir se recuperar, sim”, afirma Rafael  Schiozer, professor de finanças da FGV de São Paulo.

Banco Bradesco
Agência do Banco Bradesco em Brasília (DF) – (Adriano Machado/Bloomberg/Getty Images)

Quem não precisa de recuperação pois mantém-se bem no jogo dos resultados trimestre após trimestre é o Itaú, que hoje presta muita atenção aos movimentos do Nubank e menos na recuperação do Bradesco. O banco, inclusive, teve ROE superior no primeiro trimestre – 22,5%, com carteira de crédito hoje na casa de R$ 1,3 bilhões.

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Pé no freio?

Para o professor Schiozer, o resultado desta Selic alta pode indicar que os bancos tirem o pé do acelerador na concessão de crédito. “A maioria dos bancos estava prevendo algo em torno de 4% a 8% de crescimento do crédito. Eu acho que a gente vai ficar mais perto dos 4% do que dos 8% em 2025, o que dá um crescimento real próximo de zero”, indica o professor da FGV. Para ele, a Selic alta tira “um pouquinho” da margem dos bancos.

Dos grandes bancos, o Banco do Brasil é o que tem na visão do especialista um desafio adicional em 2025. E esse desafio se chama Donald Trump. O presidente norte-americano anunciou tarifa de 50% para as exportações brasileiras – a medida entra em vigor em agosto.

Contêineres no Porto do Rio de Janeiro - tarifaço - tarifas - taxação - guerra comercial - comércio - exportações - importações
Um navio porta-contêineres atraca no Porto do Rio de Janeiro, no Rio de Janeiro, Brasil, em 10 de julho de 2025 (Dado Galdieri/Bloomberg via/Getty Images)
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O BB é um dos grandes financiadores das exportações do país, e sua carteira de crédito pode ser afetada – com a tarifa total ou mesmo se ocorra uma redução fruto da negociação – ainda incerta – entre os dois países. “Eu imagino que as exportações tenham algum soluço, mesmo que a tarifa não saia, essa incerteza toda pode repercutir um pouco os contratos. Aqueles que já estão firmados podem até ser eventualmente revistos”. O lucro líquido ajustado do Banco do Brasil no primeiro trimestre foi de 7,4 bilhões.

Veja a seguir o calendário de divulgações de resultados dos bancos:

  • Bradesco – 30/7
  • Santander – 30/7
  • Itaú Unibanco – 5/8
  • Banco do Brasil – 13/8
  • Nubank (EUA) – 14/8
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