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Bosch traz centro global de pesquisas ao Brasil para alavancar soluções sustentáveis no campo

Gigante alemã vai desenvolver soluções verdes no setor, como motores híbridos; governo anunciou investimentos de R$ 3 bi para estimular inovações semelhantes

Por Luana Zanobia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 fev 2025, 17h57 - Publicado em 20 fev 2025, 17h21

A Bosch, gigante alemã no setor de tecnologia e serviços, deu um passo ousado em direção à sustentabilidade agrícola ao anunciar, nesta quinta-feira, 20, uma inovação que promete transformar o campo brasileiro e mitigar o impacto ambiental das atividades agroindustriais. A empresa apresentou um motor híbrido para colheitadeiras, movido a etanol, que pode reduzir em até 50% o consumo de diesel, um dos maiores insumos no agronegócio. Esse projeto faz parte de uma iniciativa mais ampla da Bosch, que agora anunciou a vinda do seu centro global de pesquisa e desenvolvimento para o Brasil, focando em soluções sustentáveis e tecnológicas para o agronegócio e outros setores.

Durante o evento em Campinas, o governo federal anunciou apoio substancial à inovação. Foram captados R$ 470 milhões da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e R$ 51 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em crédito subsidiado, além de subvenções econômicas. Ao todo, o governo se comprometeu com um investimento de R$ 3 bilhões até 2027 para estimular inovações nessa área, com o objetivo de impulsionar a pesquisa, desenvolvimento e inovação nas áreas de mobilidade sustentável, indústria 4.0 e sistemas inteligentes para o agronegócio. Entre as principais frentes de trabalho estão o desenvolvimento de tecnologias de plantio, fertilização e pulverização, além de sensores e conectividade que visam otimizar a produtividade e reduzir o impacto ambiental.

Na cerimônia, estiveram presentes figuras centrais do governo e da indústria, como o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin, o presidente do BNDES, Jose Luis Gordon, e a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Costa.

“O Centro Global vai desenvolver tecnologias inovadoras para o Brasil e para o mundo. Estamos muito felizes porque essa nova unidade irá produzir soluções avançadas para máquinas, equipamentos movidos a combustíveis sustentáveis ​​e para a mineração, setor no qual o Brasil é um grande destaque”, disse Alckmin.

Segundo Gordon, a iniciativa é fruto da nova política industrial, construída pelo presidente Lula e pelo vice-presidente Alckmin. “Estamos no centro de uma agenda de desenvolvimento que coloca a indústria como motor da geração de empregos qualificados. Não podemos mais perder nossos talentos para o exterior; precisamos desenvolvê-los aqui, criando tecnologia de ponta e gerando renda no Brasil.”

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Gordon também compartilhou sua visão sobre o futuro da inteligência artificial (IA) e do desenvolvimento sustentável no Brasil. “Se quisermos desenvolver inteligência artificial verde, isso será feito aqui, no Brasil, com a competência dos nossos profissionais e infraestrutura verde. Nossa meta é criar uma indústria inovadora, competitiva e sustentável”, disse ele.

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