ASSINE VEJA NEGÓCIOS

Bolsa dispara e dólar desaba após Trump reduzir as tarifas recíprocas aos países

Mercados invertem tendência após anúncio de Trump; decisão só vale para países que não retaliaram

Por Juliana Machado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 abr 2025, 16h25 - Publicado em 9 abr 2025, 15h25

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na tarde desta quarta-feira, que vai interromper a aplicação das tarifas recíprocas a diversos países, levando o mercado a inverter completamente a direção registrada até o começo da tarde.

Perto das 16h, o Ibovespa tinha alta de 2,8%, aos 127,4 mil pontos. Já o dólar operava em firme queda de 2,9%, aos 5,84 reais — saindo do nível dos 6 reais atingido no começo do dia. Na mesma direção estão os índices americanos, que têm intenso avanço nesta tarde. O S&P 500 dispara 7,9%, enquanto o Nasdaq avança 10%; o Dow Jones sobe 6,7%.

O movimento é um grande reajuste que os investidores fazem agora em relação ao alto nível de pessimismo incorporado aos preços dos ativos desde que Trump anunciou — e aplicou — as tarifas recíprocas. Naquele momento, prevendo uma piora nas condições econômicas no Estados Unidos e no mundo, com receios até de recessão, os investidores vinham buscando proteção em ativos considerados mais seguros ao redor do mundo, com saída em massa de mercados e ativos considerados mais arriscados, caso dos emergentes. Com a nova notícia, investidores abrem uma margem para melhora dos índices de ações e moedas.

Trump anunciou hoje que irá elevar para 125% tarifas sobre produtos da China, respondendo à represália de Pequim às medidas protecionistas americanas. Ao mesmo tempo, o republicano disse que irá aplicar uma pausa de 90 dias em novas tarifas na guerra comercial, com exceção da China, e os impostos serão reduzidos a 10% para todos. O objetivo é fazer com que Pequim sente-se à mesa de negociações.

“Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou, por meio desta, aumentando a tarifa cobrada da China pelos Estados Unidos da América para 125%, com efeito imediato. Em algum momento, esperançosamente em um futuro próximo, a China perceberá que os dias de exploração dos Estados Unidos e de outros países não são mais sustentáveis ​​ou aceitáveis”, escreveu o presidente em rede social.

Mais cedo, o Ministério das Finanças da China anunciou que tarifas adicionais de 84% sobre produtos importados dos Estados Unidos entram em vigor na próxima quinta-feira. A decisão segue a implementação de tarifas americanas similares sobre produtos chineses. Nesta quarta-feira, já havia entrado em vigor tarifas de 104% dos EUA sobre Pequim, como anunciado na véspera.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a R$ 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.