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BNDES quer novo CEO para JBS após prisão de Wesley

O banco afirma que o conselho de administração deve designar um presidente interino enquanto o substituto definitivo não é escolhido

Por Da redação
Atualizado em 13 set 2017, 13h58 - Publicado em 13 set 2017, 13h56

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) defende a escolha de um novo presidente para a JBS. O presidente da companhia, o empresário Wesley Batista, foi preso na manhã desta terça-feira.

Detentor de 21,31% do capital da empresa, o BNDES defende que a JBS abra um “processo seletivo para a escolha de um novo CEO para a empresa em caráter definitivo”.

“Qualquer que seja o desenrolar destes fatos, contribuiria para o melhor interesse da companhia, e para a sua preservação e sustentação, o início de uma renovação de seus quadros estatutários, inclusive com a abertura de um processo seletivo para a escolha de um novo CEO para a empresa em caráter definitivo”, diz o banco em nota.

Enquanto o substituto definitivo não sai, o BNDES afirma que o conselho de administração da JBS é a “instância adequada para escolher um administrador interino”, como determina a Lei das S.A.

Antes da prisão dos irmãos Wesley e Joesley Batista, que se apresentou à polícia no domingo, o BNDES já defendia a substituição dos controladores da empresa. O banco chegou a convocar uma assembleia para tratar da responsabilização dos empresários pelos prejuízos causados à JBS em crimes confessados na delação premiada. Mas a assembleia foi cancelada após liminar obtida pela J&F, holding que controla a JBS.

Em nota, o BNDES informa que mantém a disposição de realizar a assembleia geral extraordinária para determinar medidas contra os administradores da JBS.

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O BNDES já recorreu da decisão judicial que suspendeu a realização da assembleia por 15 dias no último dia 1° de setembro.

“O banco entende que a assembleia deve acontecer o quanto antes e sem o conflito de interesses que seria caracterizado pelo voto dos controladores, questão que foi levantada pela BNDESPAR, em conjunto com a Caixa Econômica Federal, e acolhida pelo Judiciário de 1ª instância em decisão liminar”, diz o banco em comunicado.

A JBS informou ao mercado tomou conhecimento da detenção de seu presidente. “A Companhia ainda não teve acesso à integra dessa decisão e manterá seus acionistas e o mercado devidamente informados acerca de tal tema”, diz o grupo.

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