Assim como Ibovespa, bolsas globais se aproximam de recordes
O índice S&P 500 está apenas 0,82% abaixo do recorde batido em meados de julho. A tendência é parecida na Europa
Ansiosos, mas otimistas. Assim estão os investidores globais. Ansiosos porque precisam do discurso que o presidente do Fed, Jerome Powell, fará amanhã para cravar as apostas de queda de juros nos Estados Unidos. Otimistas, porque agora estão convictos de que o corte virá.
Não à toa, bolsas globais estão mais uma vez perto de suas máximas históricas. Como referência, o S&P 500 está apenas 0,82% abaixo do recorde batido em meados de julho. A tendência é parecida na Europa. O Brasil, que havia passado o ano no vermelho, enfileirou três recordes consecutivos.
Ontem, a ata da última reunião do Fed mostrou que há uma maioria formada entre os dirigentes do BC americano para que o primeiro corte ocorra na reunião de 18 de setembro. O principal motivo é a caminhada da inflação para abaixo dos 3% – a meta é 2%.
Além disso, dados do mercado de trabalho continuam mostrando uma desaceleração da economia. A boa notícia é que, por ora, apenas o suficiente para conter a inflação, sem que isso signifique uma recessão. A revisão dos dados do payroll mostrou que foram criadas 800 mil vagas a menos que o estimado nos 12 meses encerrados em março.
Hoje, investidores acompanham os pedidos semanais de auxílio desemprego, mas apenas como um aperitivo para o discurso de Powell em Jackson Hole. Na Europa, o Banco Central Europeu divulga sua ata da reunião de julho, em que manteve a taxa de juros após promover um primeiro corte no encontro anterior.
O sinal é positivo para os futuros dos índices americanos e também nas bolsas europeias. O petróleo tenta se recuperar, mas está no menor patamar desde o começo do mês, a US$ 76 por barril. Não há negócios com o EWZ nesta manhã, deixando investidores sem referência para o Ibovespa.
A tendência, no geral, é positiva. No entanto, a Faria Lima tem o noticiário doméstico para processar. Pela manhã, a Receita divulga dados da arrecadação federal. Além disso, Galípolo palestra em dois eventos. Cotado para suceder Campos Neto no comando do BC, ele tem movimentado o mercado financeiro com suas declarações (bem-recebidas) sobre o futuro da Selic.