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Apple tenta reduzir spams para permanecer no mercado chinês

O país lançou campanha para acabar com mensagens e chamadas não solicitadas

Por Reuters
Atualizado em 3 ago 2018, 12h32 - Publicado em 3 ago 2018, 11h27

A Apple está conversando com empresas chinesas de telecomunicações para encontrar maneiras de reduzir a quantidade de spam recebidos por meio de seu serviço de mensagens, disse uma porta-voz, dias depois de a mídia estatal alegar que a empresa estava permitindo conteúdo ilegal em sua plataforma, como aplicativos de jogos de azar – o país tem uma legislação restritiva em relação ao uso da internet, Google, Facebook e mesmo o The New York Times têm acesso bloqueado.

“Estamos em contato com empresas de telecomunicações domésticas para ver quais medidas adicionais podem ser tomadas para reduzir esse inconveniente”, disse uma porta-voz da Apple na quinta-feira.

Segundo ele, a empresa está trabalhando com modelos mais avançados de machine learning para identificar spams e outras ferramentas para bloquear contas fraudulentas.

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A China é o segundo maior mercado da Apple. No início da semana, a empresa divulgou que a receita no país saltou 19% no trimestre encerrado em junho devido às fortes vendas do iPhone X.

Pequim já criticou a Apple antes, mas os novos ataques acontecem no momento em que reguladores chineses lançam nova campanha para acabar com spams e chamadas não solicitadas, que são uma questão generalizada na China, onde os números de telefone são frequentemente vendidos em mercados negros.

Outras empresas também estão adaptando-se para continuar no mercado chinês. Ontem, o americano The Intercept revelou que o Google estuda uma versão censurada de seu buscador. Atualmente, a plataforma não pode ser acessada pelos usuários do país. Segundo a reportagem, os termos de pesquisa sobre direitos humanos, democracia, religião e protestos pacíficos estarão entre as palavras na lista negra do site de busca.

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