Após 30 anos, American Airlines suspende voos entre EUA e Venezuela
Companhia era a única empresa americana que ainda mantinha rotas regulares ligando Miami ao país sul-americano
A American Airlines anunciou, nesta quinta-feira 28, a decisão de suspender indefinidamente os voos entre os Estados Unidos e Venezuela, que já tinham sido interrompidos no último dia 15 de março por motivos de segurança.
“Tomamos a difícil decisão de suspender indefinidamente o serviço para a Venezuela”, afirmou a companhia em comunicado.
A American Airlines oferecia voos de Miami para Caracas e Maracaibo. No entanto, desde o dia 15 de março, decidiu suspender as operações para o país sul-americano, por conta da crise política e social venezuelana.
“Continuaremos supervisionando a situação e trabalhando também com os membros de nossa equipe, as lideranças sindicais e outras partes interessadas para reiniciar os serviços quando as condições forem adequadas”, disse a companhia aérea na nota.
Para a empresa, que atua na Venezuela há mais de 30 anos, a decisão foi difícil, não só pela longa história no país, mas pelos 70 funcionários que vivem e trabalham em Caracas e Maracaibo.
“Estamos trabalhando estreitamente com a equipe para auxiliá-los durante esse momento difícil e buscar outras oportunidades”, disse a empresa no comunicado.
A decisão de suspender temporariamente os voos para a Venezuela foi tomada pouco depois do sindicato de pilotos da American Airlines ter recomendado seus filiados a não viajar para o país.
A sugestão veio após o governo dos Estados Unidos ter determinado que todos os diplomatas americanos deixassem a Venezuela.
A American Airlines era, até então, a única grande companhia aérea americana que manteve os voos para o país sul-americano. A United e a Delta suspenderam as operações no país em 2017.
(Com EFE)