Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Apesar da reação em junho, atividade econômica cai 11% no 2º tri

IBC-Br, a 'prévia do PIB' do BC, indica crescimento 4,89% em junho, mas resultado não reverte queda no trimestre e país caminha para recessão técnica

Por Larissa Quintino Atualizado em 3 mar 2021, 15h25 - Publicado em 14 ago 2020, 09h28

Termômetro do Banco Central usado para medir como está a atividade econômica no país, o IBC-Br indica que a economia segue em recuperação gradual. Após tombo recorde em abril e recuperação em maio, o índice cresceu 4,89% em junho em relação ao mês anterior, apontando que a reabertura gradual de setores no mês fez com que o ponto mais agudo da queda da atividade provocada pelo novo coronavírus ficasse para trás.

Conhecido como a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), o IBC-Br avalia a evolução da economia com informações sobre o nível de atividade dos setores de indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos. No segundo trimestre, entretanto, o indicador mostra tombo de 10,94%, demonstrando o impacto na quebra de oferta e demanda que a crise da Covid-19 provocou na atividade econômica.

O recuo entre abril de junho foi verificado na comparação com o primeiro trimestre do ano. O valor foi calculado após ajuste sazonal, uma “compensação” para comparar períodos diferentes de um ano. Mesmo com a recuperação gradual mostrada em maio e junho, as necessárias medidas de distanciamento social tomadas em abril – período marcado pelo fechamento de atividades não essenciais e aceleração da pandemia no país – foi determinante para a queda da atividade no trimestre.

Caso a retração se confirme no segundo trimestre deste ano, o Brasil entrará em recessão técnica, período que se caracteriza pelo recuo da economia em dois trimestres consecutivos. Nos três primeiros meses do ano, o PIB do Brasil recuou 1,5%, segundo o IBGE. Para efeito de comparação, no primeiro trimestre, o IBC-Br registrou queda de 1,95%. O resultado do segundo trimestre será divulgado em 1º de setembro. A expectativa do mercado financeiro, segundo o Boletim Focus, é de queda de 5,62% no PIB deste ano.

Continua após a publicidade

A alta da atividade em junho era esperada após indicadores da produção industrial, vendas no comércio e do setor de serviços, medidos pelo IBGE, virem positivos. Além desta retomada gradual da economia, a alta se deve a base de comparação deprimida, já que em abril, mês marcado pela escalada de casos e endurecimento das medidas de distanciamento social, o IBC-Br caiu 9,73%, pior resultado da série histórica e a recuperação em maio foi tímida, de 1,31%. Em março, primeiro mês de impacto da Covid-19 na economia, o IBC-Br já havia registrado grande retração, de 6,16% na comparação com fevereiro. Em 12 meses até maio de 2020, os números do BC indicam uma queda de 2,08%.

Divulgado mensalmente, o IBC-Br é considerado um termômetro do Produto Interno Bruto (PIB), que é divulgado trimestralmente pelo IBGE. A divulgação oficial do sobre o desenvolvimento da economia no segundo trimestre será divulgada no início de setembro. Por ter formas diferentes de calcular a evolução da economia, nem sempre o IBC-Br e o PIB vêm com resultados semelhantes. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.O IBC-Br usa estimativa das áreas e também dos impostos.

ASSINE VEJA

A encruzilhada econômica de Bolsonaro
A encruzilhada econômica de Bolsonaro Na edição da semana: os riscos da estratégia de gastar muito para impulsionar a economia. E mais: pesquisa exclusiva revela que o brasileiro é, sim, racista ()
Clique e Assine

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.