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Acionistas da Nissan aprovam destituição de Ghosn como conselheiro

A montadora destituiu o empresário como presidente em 22 de novembro de 2018, três dias depois de ele ser detido em Tóquio por suposta fraude fiscal

Por Redação 8 abr 2019, 02h44

A junta de acionistas da Nissan Motor aprovou, nesta segunda-feira 8, por maioria a destituição do ex-presidente Carlos Ghosn como conselheiro da companhia, cortando toda relação de trabalho com o empresário que liderou o conglomerado durante duas décadas.

Além da destituição de Ghosn, também foi aprovada hoje a retirada como conselheiro de Greg Kelly, ex-diretor próximo a Ghosn e que é considerado peça-chave na realização das irregularidades financeiras que lhe custaram o posto, assim como a inclusão no conselho administrativo do presidente da Renault, Jean-Dominique Senard.

A Nissan destituiu Ghosn como presidente em 22 de novembro de 2018, três dias depois de ele ser detido em Tóquio por suposta fraude fiscal, mas o empresário continuava fazendo parte do conselho de administração até a ratificação da decisão desta segunda-feira.

Também nesta segunda-feira, a imprensa japonesa veiculou que esposa de Ghosn, Carole, deixou o país após se negar a falar de forma voluntária com a Promotoria de Tóquio. Ela teria partido do Japão na noite de sexta-feira e chegado a Paris na manhã seguinte.

A Promotoria de Tóquio queria interrogar a esposa do empresário sobre uma série de transferências que Ghosn teria ordenado realizar a partir da Nissan a uma distribuidora de Omã e a suspeita que parte dos fundos foram desviados para uma companhia controlada por ela e usados para uso pessoal, entre eles a compra de um iate privado.

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Ghosn já enfrenta outras três acusações de má conduta financeira ligada à declaração de suas rendas. Ele nega os crimes.

O empresário foi detido na capital japonesa em 19 de novembro do ano passado e ganhou liberdade após pagar uma fiança em 6 de março deste ano. Desde então, o empresário tem seus movimentos e contratos restringidos, de acordo com as condições determinadas pelo tribunal responsável por seu caso.

O executivo usou o Twitter pela primeira vez depois que foi levado para prisão domiciliar nesta quarta-feira. Ele usou uma conta criada por seus porta-vozes para anunciar o plano de fazer uma coletiva de imprensa no dia 11 de abril.

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“Estamos nos preparando para dizer a verdade sobre o que está acontecendo. Coletiva de imprensa na quinta-feira, em 11 de abril”, tuitou em inglês e em japonês.

(Com AFP e EFE)

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