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Ação da JBS fecha em alta após prisão de Wesley

Papéis da empresa subiram 2,35%, uma das maiores altas registadas no dia; Ibovespa atingiu 74.787 pontos, terceiro dia consecutivo de recorde

Por Da redação
13 set 2017, 18h11

As ações da JBS fecharam o pregão em alta de 2,35% nesta quarta-feira, dia em que o presidente da companhia, Wesley Batista, foi preso pela Polícia Federal. A valorização foi uma das maiores registrada no dia. Já principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo encerrou o dia em alta de 0,33%, a 74.787 pontos. Foi o terceiro dia consecutivo de quebra de recorde do Ibovespa.

Para o chefe de operações da corretora Gradual, Pedro Afonso, o mercado vê como positivo o afastamento dos irmãos Batista do comando da empresa e a sensação é de que os problemas nas delações dos executivos não devem afetar o acordo de leniência da companhia, firmado com o Ministério Público. “A governança da empresa estava sendo questionada”, avalia.

Em relação ao Ibovespa, boas notícias como aumento no consumo, inflação em baixa e juros em queda têm trazido bom ambiente ao mercado, na visão do especialista.

A CVM (Comissão de Valores Imobiliários) investiga se a JBS lucrou com a compra e venda de ações realizada antes do conteúdo da delação premiada dos irmãos Batista vir à tona. A notícia fez as ações desabarem. A suspeita é que os empresários usaram informação privilegiada para lucrar com o episódio, o que é contra a lei. Ambos tiveram prisão preventiva decretada nesta quarta, e Joesley já estava detido desde domingo.

Segundo o Ministério Público Federal, as operações com a moeda americana no mercado futuro envolveram cerca de 3 bilhões de reais, o que teria resultado num lucro de mais de 100 milhões de dólares.

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Também nesta quarta-feira, o BNDES, que é dono de 21,31% das ações da JBS, defendeu que haja um processo para a escolha de um novo presidente para a empresa. O banco chegou a convocar uma assembleia para tratar da responsabilização dos empresários pelos prejuízos causados à JBS em crimes confessados na delação premiada. Mas a assembleia foi cancelada após liminar obtida pela J&F, holding que controla a JBS.

Procurada, a empresa disse que não comentaria sobre mudanças na direção do grupo.

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