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A decisão de Biden que pode atrapalhar planos de Donald Trump

Democrata bane exploração de petróleo em 253 milhões de hectares do oceano, na contramão da promessa de Trump de aumentar a produção doméstica de energia

Por Camila Barros Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 jan 2025, 17h00 - Publicado em 6 jan 2025, 15h09

O presidente americano, Joe Biden, banirá a exploração de petróleo e gás em boa parte do território marítimo dos Estados Unidos. A decisão pode afetar os planos do presidente eleito Donald Trump, que assumirá o cargo em 20 de janeiro e promete aumentar a produção doméstica de energia.

A proibição abrange 253 milhões de hectares de águas federais, incluindo as costas leste e oeste dos Estados Unidos, o leste do Golfo do México e partes do Mar de Bering, no Alasca. Segundo Biden, a decisão visa combater as mudanças climáticas e zelar pelo compromisso de conservar 30% do território americano até 2030.

“A minha decisão reflete o que as comunidades costeiras, as empresas e os banhistas sabem há muito tempo: que a perfuração nessas costas pode causar danos irreversíveis a locais que nos são caros e é desnecessária para satisfazer as necessidades energéticas da nossa nação”, disse Biden, em comunicado. “Os riscos não valem a pena.”

A medida, no entanto, é considerada sobretudo simbólica: na prática, não afetará áreas de extração em curso e abrange principalmente regiões de pouco interesse econômico para as petroleiras.

Atualmente, os Estados Unidos são os maiores produtores de petróleo do mundo, responsáveis por 22% da produção mundial em 2023, com cerca de 22 milhões de barris por dia (bdp), seguidos pela Arábia Saudita (11,1 milhões de bpd) e pela Rússia (10,75 milhões de bpd). A produção americana tem sido impulsionada por explorações terrestres no Texas e o Novo México, mas boa parte da produção — cerca de 15% do total — vem de áreas marítimas estatais, em especial na região do Golfo do México.

A decisão de Biden vem em um momento de incerteza para as políticas de conservação no país, à medida que Trump deve reverter e se opor a pautas ambientais quando assumir o cargo. Em entrevista para o programa americano de rádio Hugh Hewitt, o republicano chamou a medida de “ridícula” e afirmou que tem o direito de “cancelar o banimento (da exploração marítima) imediatamente”.

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