A ‘confissão’ e a crítica da ministra Simone Tebet ao Congresso Nacional
"Quando se fala de revisão de gastos, o Congresso também tem dificuldades”, disse a ministra em evento promovido pela Febraban
Por Camila Pati
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24 nov 2025, 15h31 • Atualizado em 24 nov 2025, 15h57
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (Washington Costa/MPO/Divulgação)
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A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse nesta segunda-feira, 24, em discurso durante o o Almoço Anual dos Dirigentes de Bancos 2025, que o governo não conseguiu avançar no ritmo necessário nas medidas de controle de gastos, mas afirmou que a responsabilidade deve ser dividida com outros Poderes.
A ministra iniciou sua fala dizendo que a economia brasileira tem surpreendido positivamente o mercado, os analistas e até o governo, em um momento em que o Brasil tem uma das taxas de juros mais altas do mundo. O evento desta segunda-feira, promovido pela Febraban, reuniu lideranças do setor financeiro e executivos das principais instituições bancárias, ministros de Estado e representantes do Legislativo e do Banco Central.
“Fechamos esses três anos melhor do começamos em janeiro de 2023”, afirmou a ministra, que ressaltou que a expectativa de PIB potencial não é mais de 1,5%. “É preciso revisitar esses números”, disse. Tebet falou também que não se pode segurar o crescimento com medo da inflação. “Temos que criar condições para que haja crescimento justo e sustentável e isso passa pelo controle de gastos públicos.”
A ministra confessou que o avanço do Brasil no campo do controle fiscal é lento e não atingiu ainda o objetivo. “No quesito das reformas fiscais andamos muito mais lentamente do que precisávamos, mas nesse quesito é importante compartilhar as responsabilidades, muitas vezes tivemos os lobbies de outros Poderes”, disse a ministra, que citou a PEC dos supersalários que está parada no Congresso, e lembrou de medidas que não avançaram como as atualizações no benefício de Prestação Continuada (BPC) e na nova regra do Fundeb, que alocaria 20% dos recursos da União ao ensino em tempo integral, e traria uma economia de 15 bilhões de reais no Orçamento. “Quando se fala de revisão de gastos, o Congresso também tem dificuldades em avançar.”
Entre as ações do governo, a ministra celebrou a aprovação da Emenda Constitucional 136, que limita o pagamento de precatórios. “Evitamos o encontro com o shutdown”, disse, em referência ao apagão da máquina pública previsto para 2027. “A equipe do MPO buscou a possível alternativa e saudável, que vai garantir a execução dos gastos enquanto os próximos governos buscam alternativas para a reforma do gasto.”
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