Quatro retornos do rock que o dinheiro ainda não conseguiu comprar
Bandas que não se renderam aos apelos dos fãs (e da conta bancária) para voltar à ativa
– Oasis
O vocalista Liam Gallagher anunciou pelo Twitter que a banda inglesa recebera proposta de 100 milhões de libras esterlinas (550 milhões de reais) para retornar aos palcos. A ideia, no entanto, teria sido detonada por seu irmão, o guitarrista Noel Gallagher. O Oasis acabou em 2009 — e a troca de farpas entre os dois impediu sua volta até hoje. Depois que Liam reclamou da ganância do mano nas redes, Noel contra-atacou dizendo que não sabia de proposta nenhuma.
– Led Zeppelin
Desde a morte do baterista John Bonham por overdose alcoólica, em 1980, os remanescentes da banda se reuniram só em efêmeras ocasiões, como no Live Aid (1985). O mais refratário à ideia de um retorno é o vocalista Robert Plant — questionado pela enésima vez sobre o assunto, ele já mandou um repórter se vestir “para a morte”. Em 2014, Plant teria refutado 800 milhões de dólares por uma turnê do Led. O guitarrista Jimmy Page e o baixista John Paul Jones já tinham topado.
– Crosby, Stills, Nash & Young
As tentativas recentes de unir a célebre banda de rock dos anos 60 e 70 viraram um imbróglio que não acaba mais. O primeiro a querer distância dos colegas foi Neil Young. Quando ele declarou que não tinha mais “nada a ver” com os outros integrantes, David Crosby alfinetou: “Todos sabemos disso”. A volta miou de vez em 2016, quando Crosby rompeu também com Graham Nash e Stephen Stills.
– Pink Floyd
Após a separação, nos anos 80, o grupo seguiu trajetória errática sob o comando do vocalista e guitarrista David Gilmour. À exceção de sua participação no Live Aid, porém, o Floyd nunca mais contou com um membro essencial, o baixista Roger Waters. Recentemente, Gilmour reacendeu as esperanças dos fãs ao dizer que a porta para uma volta ao lado de Roger estava aberta. Mas até agora isso não aconteceu.
Publicado em VEJA de 12 de fevereiro de 2020, edição nº 2673