Passado os anos de pandemia, o turismo de bem-estar tem crescido de forma acelerada, transformando-se em um dos segmentos mais lucrativos da indústria de viagens. Esse tipo de turismo envolve experiências que vão desde massagens relaxantes, tratamentos estéticos com marcas renomadas até aulas de yoga em cenários paradisíacos. De acordo com dados da Research and Markets, o setor movimentou US$ 651 bilhões (cerca de R$3,19 trilhões) e a expectativa é de que atinja US$ 1,2 trilhão (ou R$6,6 trilhões) até 2027, um salto de 63% em relação a 2020.
Hotéis e resorts estão adaptando suas estruturas para atender à demanda por comodidades de wellness, que se tornaram um fator decisivo na escolha de estadias. A qualidade dos serviços de SPA não só atrai mais hóspedes, mas também contribui para o lucro desses estabelecimentos. Nos últimos anos, os lucros dos SPAs em resorts cresceram em média 23,7%.
Em 2023, a linha Hyatt Inclusive Collection, responsável pela parte de resorts de luxo all-inclusive da marca Hyatt, a busca por serviços de bem-estar cresceu 10% entre 2018 e 2023. “Cerca de 49% dos nossos clientes perguntam sobre as instalações e o preço dos SPAS. Esses serviços atualmente representtam uma parcela significativa dos lucros”, diz Antonio Fungairino, Head de Desenvolvimento das Américas da Hyatt Inclusive Collection.
Os hóspedes que mais procuram serviços de wellness têm mais de 30 anos e estão em busca de uma experiência mais elaborada do que uma massagem tradicional. Na Zoëtry Halkidiki Resort & Spa, na Grécia, é oferecida talassoterapia – técnica que visa equilibrar o corpo com propriedades da água – com sal do mar grego. Já no Grand Hyatt, no Rio de Janeiro, o Atiaia Spa & Fitness trabalha com óleos essenciais de plantas e frutos nacionais. “A tendência de turismo de bem-estar muito provavelmente se prolongará para as próximas gerações”, afirma Antonio.