Quando decidiu deixar para trás a vida como comissário de bordo e mudar de ramo, Bruno Kzam resgatou um desejo antigo do pai e, com a ajuda dele, montou uma pequena indústria de sorvetes com frutas do Norte — Bruno nasceu em Macapá e cresceu em Belém antes de migrar para Brasília. De início, abastecia lojas da capital federal. Um ano depois, em Bolonha, aprofundou-se nas técnicas italianas e, a partir delas, desenvolveu sua própria receita-base. Usando leite integral, creme de leite fresco, proteína do leite e açúcar, sem aditivos químicos nem conservantes, ele elabora versões de textura macia com matérias-primas cuidadosamente selecionadas, como pasta de pistache turco e avelã do Piemonte. Campeão de vendas, o de tapioca leva leite de coco de extração própria, sem água. Também têm feito sucesso os de queijo mascarpone com figo e de amêndoa com geleia de laranja. As raízes amazônicas ainda estão presentes em versões sem leite como açaí e cupuaçu. Na casquinha ou no copinho, custam R$ 22,00 (um sabor) ou R$ 39,00 (dois sabores), exceto pistache, a R$ 25,00 e R$ 44,00, respectivamente. Tanto esmero se traduz na galeria de prêmios do guia VEJA BRASÍLIA COMER & BEBER que cobre a parede da matriz. A casa, que venceu todas as disputas da categoria entre 2003 e 2018 — a última realizada antes deste retorno —, acaba de aumentar a coleção. Um belo presente pelos trinta anos.