Brastemp ressuscita campanha antológica e viraliza
A marca de eletrodomésticos fez uma 'homemenagem' ao bordão que a consagrou
Bem antes da era dos memes, campanhas publicitárias e novelas cunhavam os bordões que ficavam na boca do povo – às vezes, por décadas. Até hoje, quem nasceu antes de 1991 deve entender o que significa quando dizem que algo “não era assim, uma Brastemp” – comprovando o êxito da publicidade.
A campanha da agência Talent, gravada naquele ano e estrelada pelo músico Wandi Doratiotto e o ator Arthur Kohl, foi dirigida pelo cineasta Fernando Meirelles e se tornou um grande hit, sendo reprisada em outras versões até 2003.
Neste ano, com o intuito de fazer homenagem (ou ‘homemenagem’) da nova geração às outras gerações de produtos da marca, trouxeram de volta Doratiotto e Kohl ao lado de celebridades que, voluntariamente ou não, também caíram na graça da audiência com seus bordões – como Glória Pires, Susana Vieira, Carolina Ferraz e Bela Gil.
Hoje com “60 e tantos” anos, Wandi Doratiotto conta a VEJA ter ficado surpreso com o convite e com a repercussão da peça feita para as redes sociais – foi tanta que passará, também, na televisão. “Há muito que eu vinha fazendo minhas coisas [na música e no teatro], dando entrevistas, sempre voltava a pergunta ‘e a Brastemp?’, e eu questionei por que não nos chamavam de novo”. Segundo ele, não deu um mês e já o procuraram. “Tudo foi uma confluência muito boa, ficou um residual afetivo. Fiquei muito contente.”
A mesma surpresa veio com o primeiro convite, em 1991, quando tinha 38 anos e estava ocupado com sua banda Premeditando o Breque. Wandi achava que a publicidade não era seu negócio, mas ganhou confiança quando Fernando Meirelles o convidou para participar por ser engraçado. “Foi assim que rolou e foi um upgrade na minha vida que eu não esperava.”
Longe do dilema de choque de gerações, o músico explica o que era se sentir um “meme” quando essa palavra sequer existia. “Tinha aquela mensagem que todo mundo pegava. E você é lembrado mais vezes. Por exemplo: fizemos uma peça que abria com o sofazinho da propaganda da Brastemp porque era um código que todo mundo conhecia.”
Relembre o primeiro comercial: