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A grave acusação de abuso sexual contra ‘Round 6’, sucesso da Netflix

Reality show, baseado na série, estreou nesta semana

Por Giovanna Fraguito Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 19h54 - Publicado em 23 nov 2023, 15h03

O reality show Round 6: O Desafio, baseado na série que virou fenômeno mundial, estreou nesta quarta-feira, 22, na Netflix. A produção conta com 456 participantes, de diferentes países, que devem lutar para receber o prêmio de 4.56 milhões de dólares (aproximadamente 23 milhões de reais). O participante Yohan Tanaka, único brasileiro convocado para integrar o elenco, revelou detalhes dos problemas enfrentados nos bastidores. Em entrevista para o portal IG, Yohan afirmou que as manipulações e abusos começaram logo que ele chegou no Reino Unido para as gravações.

“É um abuso de poder por serem a Netflix, e abuso psicológico porque tudo que a gente passou acreditando que ia ser verdade e tinha possibilidade de ganhar (…) Abuso físico, porque fomos colocados nessa situação e não sabia que iam durar dez horas as gravações”. Ele ressalta um episódio de uma colega de confinamento que foi abusada por um funcionário da produção. “Uma pessoa no grupo [feito pelos participantes] falou que foi abusada sexualmente dentro do hotel por alguém da produção. Essa é uma senhora, que desmaiou e passou super mal e foi pro hospital. Acho que até tinha fotos dela na cadeira de rodas. Ela falou pra gente no grupo que foi abusada ou tentaram abusar dela sexualmente. Não sei até que ponto chegou esse abuso. Mas pra mim só de você tentar fazer algo com alguém isso já é um abuso sexual (…) Não falei nada até agora porque ela pediu pra gente não falar”, revelou.

O participante também relembrou o momento em que outro colega desmaiou em uma das provas e a equipe de produção não quis interromper as gravações para prestar socorro. “Eles demoraram mais dez minutos porque estavam terminando de filmar a rodada, ai eles mandaram um caixão que faz parte da série para levar quem está morto. Colocaram a pessoa desmaiada dentro do caixão para pegar isso na câmera”, relembrou.

Tanaka ainda afirmou que o reality usava lapelas falsas com alguns confinados para distingui-los dos favoritos, esses que eram beneficiados com idas ao banheiro, mesmo no meio do jogo, por exemplo. Para ele, as manipulações começaram logo na interação com os participantes, que eram proibidos de se falar e permaneciam trancados em seus quartos a maior parte do tempo.

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