A atriz Gina Carano entrou com um processo contra a Disney e a Lucasfilm nessa terça-feira, 6, por demiti-la da série The Mandalorian em 2021. A demissão ocorreu depois que a atriz fez comentários nas redes sociais comparando a perseguição sofrida por judeus durante o holocausto com a que supostamente aconteceu com conservadores durante a pandemia de Covid-19.
Na ocasião, a Lucasfilm anunciou que Carano não fazia mais parte da empresa, e que não havia planos para ela no futuro do estúdio. “Suas postagens nas redes sociais difamando pessoas com base em suas identidades culturais e religiosas são repugnantes e inaceitáveis”, disse um comunicado da empresa divulgado na época da demissão.
Agora, a ação movida no tribunal federal da Califórnia alega rescisão injusta e discriminação, e que a demissão teria sido pela atriz “não se conformar com a ortodoxia progressista” da Disney, e pede que o tribunal force a Lucasfilm a readmiti-la e pagar ao menos 75.000 dólares em danos punitivos. Elon Musk está financiando o processo, seguindo a promessa de pagar por ações legais tomadas por pessoas que alegam discriminação em postagens no Twitter/X.
Os comentários
Na época da demissão, Carano tinha uma série de publicações consideradas problemáticas nas redes sociais. Em um dos textos ela escreveu: “Os judeus foram espancados nas ruas, não por soldados nazistas, mas por seus vizinhos … até por crianças. Como a história é editada, a maioria das pessoas hoje não percebe que, para chegar ao ponto em que os soldados nazistas poderiam facilmente prender milhares de judeus, o governo primeiro fez com que seus próprios vizinhos os odiassem simplesmente por serem judeus. Isso é diferente de odiar alguém por suas opiniões políticas”, dizia a postagem em que ela fazia uma alusão sobre uma suposta perseguição americana aos conservadores.
Outras publicações diziam: “Esperar que todos concordem com você em cada crença ou visão é uma baita loucura” e “Jeff Epstein não se matou”. Epstein foi um investidor americano condenado por abuso sexual de menores de idade, que se matou na prisão em agosto de 2019. A atriz já havia usado anteriormente as redes sociais para compartilhar informações falsas obre o uso de máscaras de proteção facial na pandemia e a suposta fraude eleitoral alardeada, sem provas, por Donald Trump.