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Ricardo Rangel

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Lula anuncia um plano imoral

E não só imoral. O plano é também incongruente, ineficaz, cruel, patrimonialista e eleitoreiro

Por Ricardo Rangel Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 mar 2025, 09h48 • Atualizado em 24 mar 2025, 22h07
  • Lula anuncia um plano imoral Lula anuncia um plano imoral
  • Lula anunciou novo tipo de crédito consignado: agora o trabalhador (formal) pode pegar dinheiro a juro mais baixo dando como garantia seu FGTS. Nada menos do que 40 milhões de consultas para empréstimo foram feitas nas primeiras 48 horas.

    Bacana, né? O governo tentando dar uma força para o trabalhador (formal) neste momento difícil, de juro alto e inflação alta.

    Só que não.

    O plano é incongruente. O governo inventou o FGTS — uma poupança específica (e mal remunerada) a ser usada em caso de desemprego — para impedir o trabalhador de gastar todo o seu salário no consumo. Agora o governo decidiu permitir que o trabalhador use parte do FGTS no consumo. É um contrassenso.

    É ineficaz. A inflação está alta porque o governo gasta demais. O Banco Central eleva os juros para reduzir o consumo e baixar a inflação. O governo inventa um jeito de reduzir os juros artificialmente, o que sabota os esforços do Banco Central. O resultado será que a inflação não cairá como se espera, e o Bacen elevará ainda mais os juros — fazendo com que subam também os juros do crédito consignado via FGTS.

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    É cruel. Num momento de juro altíssimo, o governo quer estimular o trabalhador a se endividar (numa taxa mais baixa, mas ainda assim muito alta).

    É patrimonialista e eleitoreiro. Se alguém tinha alguma dúvida de que é uma manobra eleitoreira, feita para (tentar) reduzir a queda de popularidade do presidente e melhorar suas chances em 2026, Gleisi Hoffmann se encarregou de tirar qualquer dúvida: anunciou o plano como “o empréstimo do Lula”.

    A ministra de Lula associou uma política pública, de governo, ao cidadão privado Luiz Inácio Lula da Silva, que por acaso é candidato a presidente da República em 2026. A manobra contraria os princípios constitucionais da impessoalidade e da moralidade.

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    O plano não é apenas incongruente, ineficaz, cruel, patrimonialista e eleitoreiro.

    É também imoral.

    (Por Ricardo Rangel em 24/03/2025)

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