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Real Estate

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Grandes negócios e tendências do mercado imobiliário. Renata Firpo é publicitária, consultora imobiliária e advogada pós-graduada em Direito imobiliário

A política que tem se mostrado efetiva no combate ao déficit habitacional

Entenda o caso

Por Renata Firpo
14 ago 2025, 13h52

O déficit habitacional no Brasil, apesar de ter apresentado uma redução de 6,2 milhões para 5,9 milhões de moradias entre 2022 e 2025, continua sendo um desafio estrutural que exige políticas públicas consistentes e a união de esforços entre governos, empresas e instituições financeiras. A casa própria ainda é um sonho distante para milhões de brasileiros, especialmente para aqueles que vivem com renda limitada e enfrentam barreiras no acesso ao crédito. Nesse cenário, os subsídios estaduais, conhecidos como “cheques estaduais”, vêm se mostrando instrumentos poderosos para encurtar a distância entre o desejo e a realização.

Esses subsídios funcionam como um complemento ao valor de entrada no financiamento habitacional, permitindo que famílias que antes não conseguiam reunir o montante inicial possam avançar para a assinatura do contrato. Programas como Casa Paulista, no estado de São Paulo; Amazonas Meu Lar, no Amazonas; e Casa Fácil Paraná, no Paraná, operam em sintonia com o programa federal Minha Casa, Minha Vida, potencializando o alcance das políticas habitacionais. Em 2024, segundo dados da Caixa Econômica Federal, mais de 50 000 famílias foram beneficiadas por esse tipo de auxílio. Ele garante não apenas o acesso à moradia, mas também movimenta a economia por meio da geração de empregos diretos e indiretos no setor da construção civil.

A MRV, referência nacional na construção de imóveis populares vinculados ao MCMV, tem aproveitado de forma estratégica esses incentivos. Nos últimos 12 meses, 22,8% de suas vendas foram realizadas com o apoio dos “cheques estaduais”. Hoje, cerca de metade dos estados onde a construtora atua já oferece esse tipo de programa, ampliando significativamente o público apto a financiar um imóvel. Em São Paulo, por exemplo, o impacto é expressivo: mais de 12.200 unidades da MRV, equivalentes a 94% do estoque da empresa no estado, têm potencial para se enquadrar no programa Casa Paulista. Segundo o diretor comercial e de marketing da MRV, Thiago Ely, essa integração de programas é decisiva porque reduz o valor de entrada: “Ela alivia as parcelas e torna a compra mais viável para famílias que não tinham condições de entrar no mercado imobiliário”.

A MRV só tem o que comemorar.  O grupo MRV&Co, que inclui as marcas MRV e Sensia, divulgou na terça, 12, que a receita operacional líquida da companhia totalizou R$ 2,7 bilhões no segundo trimestre, crescimento de 18% em relação ao faturamento do mesmo período de 2024.

O funcionamento dos “cheques estaduais” é relativamente simples, mas estratégico. Cada estado define seus próprios critérios, que podem variar conforme renda familiar, localização do imóvel, padrão construtivo e até a situação cadastral do comprador. Os valores de subsídio também mudam de um estado para outro, refletindo as condições econômicas e o custo de vida local. A MRV atua como ponte entre o cliente e o benefício: informa quais estados oferecem o programa, apresenta as regras, auxilia na coleta de documentos e orienta durante todo o processo, até a aprovação final. Essa atuação consultiva não apenas facilita a adesão, como também acelera o fechamento das vendas.

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Para o mercado, o impacto desses subsídios vai além da ajuda imediata ao comprador. Ao tornar o crédito habitacional mais acessível, eles estimulam a demanda por novos empreendimentos, aquecem a construção civil, ampliam a arrecadação de impostos e contribuem para a redução do déficit habitacional de forma efetiva. Em um país com desigualdades marcantes, os “cheques estaduais” não são apenas um incentivo financeiro: representam uma política pública capaz de transformar realidades, oferecendo segurança, estabilidade e dignidade a milhares de famílias que finalmente conseguem sair do aluguel e conquistar um lar próprio.

Se mantidos e expandidos, esses programas podem acelerar ainda mais a queda do déficit habitacional, tornando possível vislumbrar, em alguns anos, um cenário onde a moradia digna não seja privilégio, mas um direito plenamente acessível. E, nesse caminho, parcerias como a das construtoras com os governos estaduais e o Minha Casa, Minha Vida serão essenciais para que a casa própria deixe de ser um sonho distante e se torne realidade para milhões de brasileiros

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