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Viagra nas Forças Armadas: deputado aciona TCU por compra de R$ 33 milhões

Superfaturamento foi de 550%, diz parlamentar; cada comprimido custou R$ 3,14, sendo que valores no Ministério da Saúde são de R$ 0,48

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 Maio 2022, 18h39 - Publicado em 3 Maio 2022, 18h21
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  • O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) pediu nesta terça ao Tribunal de Contas da União a investigação da aquisição de 11 milhões de comprimidos de Viagra para as Forças Armadas.

    O parlamentar aponta superfaturamento de até 550% na compra. Nos empenhos autorizados pelo governo, cada comprimido custa entre 2,91 reais e 3,14 reais, valores muito acima dos praticados pelo Ministério da Saúde, aponta o deputado. Em pregões da pasta dos últimos dois anos, cada comprimido de citrato de sildenafila de 25 e 50 miligramas teve preço unitário de 48 centavos.

    “O prejuízo à União pode passar de 28 milhões de reais. É dinheiro público indo para o ralo da corrupção enquanto o povo brasileiro recolhe alimentos no lixo e come sopa de osso”, diz Elias Vaz.

    Segundo levantamento feito pelo parlamentar, com base nos contratos do governo, o gasto total do medicamento comprado pela Marinha pode chegar a quase 33,6 milhões de reais.

    Caso a aquisição dos 11,2 milhões de comprimidos tivesse sido feita de acordo com a tabela do Ministério da Saúde, os cofres públicos teriam desembolsado 5,4 milhões de reais — ou seja, a União teria comprado o medicamento com preço cinco vezes menor.

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    Na semana passada, o parlamentar já havia divulgado os detalhes do contrato firmado entre o Comando da Marinha e o laboratório EMS S/A para fornecimento de mais de 11 milhões de comprimidos de citrato de sildenafila — de 20, 25 e 50 miligramas — entre 2019 a 2022.

    A compra que poderá entrar na mira do TCU é a segunda, em menos de um mês, envolvendo o medicamento Viagra nas Forças Armadas. No início de abril, Elias Vaz acionou o Ministério Público Federal e o próprio Tribunal de Contas para apurarem a aquisição de 35.000 comprimidos do remédio, com indícios de superfaturamento.

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