Padre bolsonarista recorreu a Deus para que militares dessem o golpe
A "Oração do golpe" faz parte das provas colhidas pela Polícia Federal
Padre da Diocese de Osasco, José Eduardo de Oliveira e Silva ocupa um espaço exótico na trama golpista investigada pela Polícia Federal. Ao lado de Jair Bolsonaro, ele é um dos 36 aliados que se juntaram ao ex-presidente na lista de indiciados apresentada pela Polícia Federal ao STF.
O que faria um padre dentro de uma trama golpista? O relatório da PF revela que o religioso católico compartilhou, por meio de mensagens de WhatsApp, uma espécie de “Oração ao golpe”.
O texto era curto e citava os nomes dos militares que Bolsonaro, segundo a PF, tentava convencer a dar um golpe de Estado para impedir a posse de Lula: “Pedindo para que Deus lhes dê a coragem de salvar o Brasil, lhes ajude a vencer a covardia e os estimule a agir com consciência histórica e não apenas como funcionários público de farda”.
O texto foi enviado em 3 de novembro de 2022, logo após as eleições presidenciais, segundo o relatório da PF, para alguns contatos golpistas do bolsonarismo. Um deles, adverte o religioso sobre o texto: “Frei Gilson, passe apenas para pessoas de estrita confiança”.