Em meio à escalada de violência política no país, dirigentes da coligação Lula–Alckmin iniciam nesta semana uma peregrinação ao Judiciário federal, em Brasília, para discutir o que pode ser feito para frear os ataques.
Já nesta terça, os caciques terão audiência com o procurador-geral da República, Augusto Aras — na ocasião, o grupo vai protocolar uma petição para que a PGR proponha a federalização das investigações sobre o caso Marcelo Arruda, tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu (PR) assassinado no último sábado por um homem autodeclarado bolsonarista.
Caso Aras acate a reivindicação, o pedido será direcionado ao STJ — se a Corte, por sua vez, der o aceite, as investigações passam para a Polícia Federal.
Mais cedo, a coligação Lula-Alckmin já havia anunciado que entraria com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral para solicitar a transferência do caso da Polícia Civil do Paraná para a PF.
Na quarta-feira, os dirigentes se encontrarão com o ministro do STF Alexandre de Moraes, que em breve será presidente do TSE. Os partidos deverão fazer a entrega de um “Memorial sobre a Violência Política contra a Oposição no Brasil” e solicitar iniciativas da Corte Eleitoral para garantir eleições sem violência.