Gilmar Mendes diz que governo de Maduro na Venezuela não é democrático
Ministro condenou aparato militar utilizado pelo chavista na perseguição a opositores

O ministro Gilmar Mendes, do STF, se manifestou, nesta terça-feira, acerca da posse de Nicolás Maduro, reeleito presidente da Venezuela em julho de 2024. O magistrado disse que as notícias que vêm do país são “preocupantes” e condenou a perseguição do chavista a opositores fazendo uso do aparato militar, afirmando que aquele regime não é democrático e que não tem “transparência”.
“Notícias que chegam da Venezuela seguem preocupantes. Não é democrático um governo que se vale do aparato militar para perseguir e prender opositores. Tampouco são livres eleições sem transparência e marcadas por violência e autoritarismo. É fundamental que haja, em toda a América do Sul, um compromisso com a restauração e a manutenção da democracia. A todos nós, democratas, cabe repudiar quaisquer práticas autoritárias que remetam ao sombrio legado dos governos totalitários do século 20”, comentou.
Em meio a manifestações contrárias a seu regime e após a breve detenção da principal líder da oposição, María Corina Machado, Nicolás Maduro tomou posse nesta sexta, 10, para seu terceiro mandato de seis anos como presidente da Venezuela.
Ele está no poder desde 2013 e tem o apoio inconteste de líderes das Forças Armadas e dos serviços de inteligência, que são comandados por aliados próximos de seu ministro do Interior, Diosdado Cabello, responsável pela repressão.