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Por Nicholas Shores (Interino)

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Esporte

Diretoria da SAF vê Vasco no ‘rumo certo’ com aval a recuperação judicial

Dívida total do Gigante da Colina gira em torno de R$ 1,4 bilhão; plano ainda depende de homologação na Justiça para entrar em vigor

Por Nicholas Shores SEGUIR SEGUINDO 13 out 2025, 15h01 •

GB comemora quarto gol do Vasco contra o Vitória, em São Januário (Dikran Sahagian/Vasco/Divulgação)

O CEO da SAF do Vasco, Carlos Amodeo, afirmou que o apoio de 97,7% dos credores que garantiu a aprovação do plano de recuperação judicial do clube em assembleia é uma “sinalização clara” de que a atual gestão está “no rumo certo”. A dívida total do Gigante da Colina gira em torno de 1,4 bilhão de reais, somando o associativo e a SAF.

“Seguiremos com total responsabilidade e foco na execução das ações planejadas, com o objetivo de restabelecer a credibilidade do Vasco, garantir sua sustentabilidade e recolocá-lo entre os protagonistas do futebol brasileiro”, declarou o executivo-chefe.

Na avaliação de Amodeo, a votação quase unânime a favor do plano – que ainda precisará ser homologado na Justiça antes de entrar em vigor – “reforça a confiança na atual gestão e reconhece o esforço feito para apresentar um plano sólido e transparente, capaz de equilibrar as necessidades do clube com os compromissos assumidos”.

Sob o comando do presidente Pedrinho, a cúpula cruzmaltina deu os primeiros passos para viabilizar o início de uma recuperação judicial em outubro de 2024. Segundo a diretora jurídica da SAF, Bianca Reis, contudo, a reestruturação financeira do Vasco está em curso há mais de um ano e meio, e a recuperação judicial “é apenas um dos pilares”.

“Após um estudo detalhado de todas as possibilidades, envolvendo as equipes financeira e jurídica, optamos por iniciar um processo de mediação com os credores trabalhistas. O sucesso dessa mediação foi fundamental para a aprovação do plano no dia 9 de outubro”, afirmou a dirigente.

Bianca acrescenta que, por se tratar da primeira recuperação judicial de uma SAF no Brasil, o Vasco teve que enfrentar, além da “complexidade natural” do processo, questões inéditas. “Criamos precedentes, inclusive relacionados à mediação antecedente e à jurisdição desportiva nacional e internacional”, disse.