As investigações da PGR sobre emendas de deputados e senadores
Para a procuradoria, o modelo de repasse de verbas do Congresso "favorece a prática de atos de corrupção e o uso inadequado de recursos públicos"
A PGR abriu recentemente uma série de investigações para seguir o dinheiro das “Emendas Pix” de congressistas a prefeituras de diferentes regiões do país.
Estão na mira deputados, senadores e prefeitos de cidades do interior e até de capitais importantes como Salvador, na Bahia.
“Tais emendas foram instituídas pela Emenda Constitucional nº 105/2019, permitindo a transferência direta de recursos públicos sem a necessidade de vinculação a projetos ou atividades específicas, convênio ou outro instrumento congênere – circunstâncias que favorecem a prática de atos de corrupção e o uso inadequado de recursos públicos”, diz a PGR ao abrir os procedimentos.
Estão na mira, por exemplo, repasses de 3,4 milhões de reais em emendas dos deputados Palumbo (MDB-SP), Marangoni (UB-SP), Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), Jonas Donizette (PSB-SP), Miguel Lombardi (PL-SP) e o senador Marcos Pontes (PL-SP).
A lista pode ser bem maior, visto que nem todos os atos de investigação da PGR são conhecidos.