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A “divergência profunda” de Lula sobre o que é gasto ou investimento

O presidente disse não achar "normal" o volume da isenção fiscal concedida atualmente aos empresários no país, que será alvo de um "estudo muito sério"

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 jun 2024, 11h41 - Publicado em 18 jun 2024, 08h51

No começo da entrevista que concede ao Jornal da CBN neste momento, o presidente Lula foi questionado a respeito da reunião desta segunda-feira sobre a qual a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse que “ele ficou extremamente impressionado, mal impressionado, com o aumento dos subsídios” e destacou a “divergência profunda” que tem sobre o que é gasto ou investimento. E disse não achar “normal” o volume da isenção fiscal concedida atualmente aos empresários no país, que será alvo de um “estudo muito sério” na elaboração do Orçamento do ano que vem.

“Eu fiquei impressionado porque normalmente você tem uma guerra histórica em determinados setores dos meios de comunicação e do mercado sobre a questão da utilização dos recursos do Orçamento. E eu tenho uma divergência profunda, e diria até conceitual, sobre o que é gasto e o que é investimento. E, de vez em quando, as pessoas jogam a responsabilidade dos gastos nas políticas que você está implantando, que é pra resolver a melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro”, declarou o presidente.

“Olha, o que está acontecendo hoje? As mesmas pessoas que reclamam de que tem gasto exagerado, e nós estamos investigando se tem caso exagerado em alguns programas sociais, se tem abuso, se tem gente que está recebendo e que não deveria estar recebendo, tudo isso está sendo estudado para que a gente possa apresentar uma proposta daqui a uns 22 dias para o Congresso Nacional. Mas as mesmas pessoas que dizem que é preciso fazer parar de gastar são as pessoas que têm 546 bilhões de isenção. Desoneração de folha de pagamento, isenção fiscal, ou seja, são os ricos que se apoderam de uma parte do Orçamento do país. E eles se queixam daquilo que você está gastando com o povo pobre”, complementou Lula.

Na sequência, ele explicou que é por isso que ele disse recentemente que “não me venham querer que se faça qualquer ajuste em cima das pessoas mais humildes desse país”. E disse estar disposto a discutir o Orçamento com a maior seriedade, com a Câmara, com o Senado, com a imprensa, com os empresários, com os banqueiros, mas para que a gente faça com que o povo mais humilde, o povo trabalhador, o povo que mais necessita do Estado não seja o prejudicado como em alguns momentos da história foi. “Qualquer coisa que você quer gastar, você gasta do povo pobre”, reproduziu.

“Então é o seguinte: nós acabamos de aprovar uma desoneração para 17 setores da indústria brasileira. Qual é a contrapartida que esses setores davam para o trabalhador, qual é a estabilidade no emprego que eles garantem, qual é o aumento de salário que eles garantem? Sabe? Nenhuma. Apenas pegam isenção fiscal, não tem nenhum compromisso com o povo trabalhador, apenas para aumentar o lucro. E acham que isso é normal? Nós achamos que não é normal. E eu estou disposto a fazer essa discussão com os empresários em qualquer lugar para que a gente coloque a verdade em cima da mesa e a gente saiba quem é que está gastando. Veja, nós temos quase que 1 trilhão de reais para a Previdência Social. É muito? É muito. Agora, se tem muita gente em idade de se aposentar, vai sempre aumentar. Agora o que é muito é você ter quase 600 bilhões de isenção, de desoneração. Então isso não é possível, é preciso a gente consertar. E vamos consertar dos dois lados”, comentou o petista.

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“Tem uma coisa na minha vida que eu sempre prezei muito: primeiro, eu não gosto de gastar aquilo que eu não tenho, eu aprendi com uma mulher analfabeta, que era minha mãe. ‘Você não pode gastar o que você não tem, você só pode gastar o que você ganha. Se você tiver que fazer uma dívida, você tem que fazer uma dívida para aumentar alguma coisa na vida’. É assim que eu prezo a minha consciência política. Nós temos que gastar corretamente aquilo que nós temos, e é por isso que nós estamos fazendo um estudo muito sério sobre o Orçamento de 2022 (ele quis dizer 2025)“, complementou.

O presidente, então, disse que hoje se faz uma discussão reversa, inversa, já que o país está com a economia crescendo acima do que o mercado imaginou, gerando 2,4 milhões de novos empregos formais em 17 meses, com aumento de 11,5% na massa salarial crescendo 11,5%.

“A situação é muito boa do ponto de vista econômico se você comparar o Brasil que nós pegamos quando nós chegamos. Tem mais investimentos, tem o PAC, são 1,3 trilhão de reais de investimentos, o PAC está todo lançado, todo em andamento, e é por isso que eu digo que esse ano é o ano da nossa colheita. Ou seja, nós plantamos no ano passado, semeamos este ano e agora nós vamos colher tudo aquilo que nós fizemos. E é por isso que eu digo: não tenha dúvida que o Brasil vai terminar muito bem, quando eu terminar meu mandato o Brasil vai estar muito bem, como esteve em 2010. A economia vai continuar crescendo, o emprego vai continuar crescendo, o salário vai continuar crescendo, a inflação vai estar controlada”, declarou.

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