Brasil tem outras portas caso Trump se volte contra o país, diz Agostini
VEJA Mercado: economista-chefe da Austin Rating diz que postura do presidente Lula é adequada e que eventuais tarifas contra o país podem sair pela culatra
VEJA Mercado | 04 de fevereiro de 2025.
As bolsas europeias e os futuros americanos são negociados entre perdas e ganhos na manhã desta terça-feira, 4. As trapalhadas e idas e vindas do presidente americano Donald Trump provocaram um terremoto nos mercados. A execução das tarifas de 25% sobre produtos importados mexicanos e canadenses e de 10% sobre os chineses foram respondidas pelos investidores por meio das quedas nas bolsas mundo afora e da valorização do dólar frente às principais moedas estrangeiras. No meio do dia, entretanto, o presidente voltou atrás e decidiu suspender por um mês as tarifas contra o México. A decisão aconteceu depois de uma reunião com Claudia Sheinbaun, presidente do México, que prometeu reforçar as fronteiras e fortalecer o combater o tráfico de fentanil. As bolsas inverteram de sinal e o dólar passou a cair.
No Brasil, a moeda americana encerrou o pregão cotada a 5,81 reais, o menor valor desde novembro de 2024. O Brasil ultrapassou a Argentina em um ranking indigesto: o de juros mais altos do mundo. O levantamento foi feito pela consultoria MoneYou e indica a inversão de posição dos países depois de o Banco Central brasileiro elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual e o argentino em cortar os juros em 3 pontos percentuais.
A situação deve piorar porque a previsão de economistas é que a taxa Selic encerre o ano de 2025 a 15% ao ano, segundo o último Boletim Focus. A ata da última reunião do Copom foi divulgada nesta terça-feira e dá mais detalhes da última decisão do comitê. Diego Gimenes entrevista Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating. O VEJA Mercado é transmitido de segunda a sexta, ao vivo no YouTube, Facebook, Twitter, LinkedIn e VEJA+, a partir das 10h. Ouça também no Spotify!
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