O apelo da indústria brasileira após Trump anunciar tarifa de 10% à China
VEJA Mercado: presidente da Fiemg diz que governo deveria construir acordo comercial com EUA; edição fala ainda de reação da bolsa a tarifas à China
VEJA Mercado | 22 de janeiro de 2025.
As bolsas europeias e os futuros americanos são negociados em alta na manhã desta quarta-feira, 22. O Itamaraty rebateu a fala de polêmica do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o Brasil. Trump disse, assim que tomou posse, que a relação com o Brasil é excelente, mas que os EUA não dependem do país e de mais ninguém, e que o Brasil que depende dos americanos. O presidente disse ainda que os Brics, bloco que reúne Brasil, China e outros países, não ficariam felizes se prejudicassem os Estados Unidos. Maria Laura da Rocha, secretária-geral do ministério das Relações Exteriores, que comanda a pasta temporariamente enquanto o ministro Mauro Vieira está fora, afirmou a jornalistas que Trump “pode falar o que quiser” e que o Brasil vai “analisar cada das decisões que forem tomadas pelo novo governo”. Ela acredita que “tudo dará certo” e que os países irão trabalhar em cima de suas convergências, e não divergências.
O silêncio de Donald Trump em relação ao plano de tarifas e às criptomoedas faz barulho nas duas pontas do mercado. As criptomoedas, como o bitcoin, enfrentam volatilidade e oscilações pela ausência de menções à regulação de criptoativos nos decretos já assinados por Trump. Já a falta de menções ao plano de tarifas contra China teve fim nesta quarta-feira. Trump prometeu taxar os chineses em 10%, abaixo da tarifa de 60% prometida em campanha e reforçando a tese de que o plano será gradual e faseado para não atingir em cheio a inflação. O presidente afirmou ainda que a União Europeia é “muito ruim” com os americanos e que as tarifas são a “única solução para a justiça”.
Diego Gimenes entrevista Flávio Roscoe, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), e André Galhardo, consultor econômico da Remessa Online. Roscoe afirmou que o Brasil deveria melhorar a relação com os Estados Unidos e construir um ambiente para um acordo comercial com os americanos. Ele diz ainda que a postura do governo de colocar panos quentes nas polêmicas de outrora é correta. Já Galhardo fala sobre a queda do dólar no Brasil e o cenário para investimentos estrangeiros diretos e indiretos. O especialista diz ainda que a meta de inflação do Brasil é baixa e que os alimentos tendem a ser os maiores vilãos se o governo não agir depressa. O VEJA Mercado é transmitido de segunda a sexta, ao vivo no YouTube, Facebook, Twitter, LinkedIn e VEJA+, a partir das 10h.
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