VEJA Mercado | 19 de agosto de 2025.

As bolsas europeias e os futuros americanos são negociados em baixa na manhã desta terça-feira, 19. Os mercados estrangeiros estão em compasso de espera pelo possível fim da guerra entre Rússia e Ucrânia nas próximas semanas. O presidente americano Donald Trump se reuniu com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenzky e afirmou depois da reunião que “existem boas chances de um acordo de paz”. Trump se reuniu pessoalmente com o presidente russo Vladimir Putin na última semana e após o encontro com Zelensky afirmou que ambos os líderes desejam o fim dos conflitos.

Trump voltou a insistir para que a Ucrânia desista de reintegrar a Crimeia ao seu território e também desista de ingressar na Otan. “Já encerrei seis guerras, mas essa apresenta maior dificuldade. Ainda assim, vamos conseguir. Tenho confiança nisso”, disse Trump. Zelensky endossou a narrativa ao afirmar que deu “grandes passos para acabar com essa guerra”.

No Brasil, o Supremo Tribunal Federal proibiu que as empresas com sede no Brasil imponham restrições a cidadãos brasileiros com base em atos unilaterais estrangeiros. O ministro Flávio Dino não citou nominalmente a Lei Magnitsky, mas, na prática, o Supremo tenta impedir que as sanções contra o ministro Alexandre de Moraes sejam praticadas em território brasileiro. Moraes concedeu entrevista ao jornal americano The Washington Post e afirmou que não recuará “um milímetro sequer” e que “narrativas falsas acabam envenenando o relacionamento”.

O presidente Lula telefonou a Putin e teve uma conversa com o presidente russo que durou 30 minutos. Lula renovou os votos de paz na guerra entre russos e ucranianos e afirmou que Putin compartilhou detalhes da reunião que teve com Donald Trump na última sexta-feira.

Diego Gimenes entrevista Patrícia Krause, economista-chefe da Coface na América Latina. A especialista acredita que o mercado já mostra indícios sobre o otimismo para o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia. “Já é possível ver reflexos em indicadores como as bolsas europeias em alta, as americanas nas máximas e os preços do petróleo em baixa”, diz. “O petróleo já estava em queda, mas acentua esse movimento em reflexo do otimismo para o acordo entre Rússia e Ucrânia e a possibilidade de maior oferta da commodity e a retirada de sanções contra a Rússia”, completa. Diogo Schelp, editor de VEJA, também participa da edição. O VEJA Mercado é transmitido de segunda a sexta, ao vivo no YouTube e nas redes sociais, a partir das 10h.

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