Sorte? A boa notícia que Galípolo pode dar a Lula ainda em 2025
Economistas debatem rumos das taxas de juros depois dos resultados do PIB e da inflação

O presidente Lula e membros do PT, como a ex-presidente do partido, Gleisi Hoffmann, batem na tecla de que as recentes altas de juros promovidas pelo Banco Central liderado por Gabriel Galípolo foram “arapucas” armadas pelo seu antecessor, Roberto Campos Neto. O Copom havia contratado duas altas de 1 ponto percentual em dezembro — ainda na gestão de Campos Neto. Durante esse hiato, a maior parte dos economistas defendeu que o BC mantivesse o passo e elevasse os juros para além dessas duas reuniões. Entretanto, depois do resultado abaixo do esperado do PIB do quarto trimestre, uma pausa no ciclo de alta de juros e até mesmo a possibilidade de cortes na Selic ao final do ano passaram a ser aventadas pelo mercado.
Os economistas do banco americano J.P Morgan reafirmam a alta prevista de 1 ponto na reunião da próxima semana, mas entendem que “é bem possível que haja uma pausa depois disso”. Já a equipe de economia do banco Bradesco projeta um crescimento da taxa Selic a 15,25% neste ano, mas que ela deve encerrar o ano a 14,75%. Ou seja, o BC sob a liderança de Galípolo iniciaria um novo ciclo de cortes nas taxas ainda neste ano, de acordo com esse cenário.