Em reunião com o Ministério da Fazenda na última sexta-feira, 31, a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) propôs a criação de um novo produto a ser oferecido pelo setor, um Seguro Social de Catástrofe, que seria acionado em momentos de enchentes. A proposta da CNSeg é que pessoas afetadas por enchentes ou deslizamentos de terra recebam de forma imediata um Pix de 10 mil reais para possibilitar sua realocação. A ideia compõe um leque de iniciativas das seguradoras pensando na agenda das mudanças climáticas — a qual o setor é particularmente vulnerável. Além da proposição do “seguro catástrofe”, a confederação informou ao ministro da pasta, Fernando Haddad, que está desenvolvendo um centro de dados climáticos com informações históricas e projeções e um modelo climático que será adotado pelo setor segurador. O presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, defendeu que a Fazenda permita a emissão doméstica de títulos públicos verdes — voltados a investimentos sustentáveis — pelo Tesouro Nacional. Atualmente, esses títulos do governo brasieliro são emitidos apenas para compra no exterior, mas Oliveira garante que há demanda pelo produto por parte das seguradoras nacionais. Em consonância com a nova realidade climática, a ampliação do seguro rural, referente à áreas de plantação, também foi debatida com Haddad.

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