A indefinição sobre o poder de voto do governo da Eletrobras pode prejudicar a renovação da concessão da usina nuclear de Angra dos Reis, ou Angra 1, no conselho de administração da empresa. O prazo de revalidação termina no final do ano. Mas a ala privada da Eletrobras, em guerra com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, não aprova o plano de investimentos de Angra 1, que gira em torno de 880 milhões de reais.
Uma ação em tramitação do Supremo Tribunal Federal (STF) deve definir o peso do voto do governo na Eletrobras. O governo, que tem 43% das ações, vota hoje como se fosse dono de apenas 10% das ações da ex-estatal. Na ação, o governo pede para ter voto proporcional às ações que detém. O caso tem como relator o ministro Kassio Nunes Marques, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.