‘PIB da felicidade’: É função do governo medir a alegria da população?
Ex-primeiro-ministro asiático diz que governos se justificam promovendo a felicidade
Para o ex-primeiro-ministro do Butão Tshering Tobgay, a promoção da felicidade é o que justifica qualquer governo, não o simples crescimento econômico. “Um governo que não cria felicidade para o seu povo não deveria existir”, disse em evento do grupo empresarial Esfera Brasil no último domingo, 17, em São Paulo. Tobgay é um dos principais defensores da chamada Felicidade Interna Bruta (FIB) como medida para o sucesso de um país — em oposição ao Produto Interno Bruto (PIB), que mede a riqueza financeira.
“O que importa mais para um país é o seu povo. E o povo não precisa ser rico para ser feliz. Promovendo o progresso social, com educação e saúde, a preservação do meio ambiente e a cultura local, um governo consegue atingir seu objetivo principal, que é fazer o seu povo feliz”, complementa Tobgay, que está escrevendo um livro de memórias a ser lançado em 2025.
O conceito do “PIB da felicidade” nasceu e se popularizou no Butão, influenciado por sua cultura budista. A medida é, como se pode imaginar, um tanto quanto subjetiva, por privilegiar uma análise qualitativa da sociedade em oposição à quantitativa. Assim, leva em conta o bem-estar psicológico da população, saúde pública, educação, cultura, meio ambiente, governança pública e padrão de vida, além da maneira como os cidadãos empregam seu tempo livre e o quão ativa é a vida em comunidade.
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