Paper não teme judicialização de arbitragem ganha contra J&F
Processo ainda está para ser concluído em câmara arbitral, mas advogados esperam que irmãos Batista recorram ao Judiciário para anular sentença
Vitoriosa no processo de arbitragem movido contra a holding J&F, dos irmãos Wesley e Joesley Batista, a Paper Excellence não teme a judicialização do processo que lhe garantiu o controle total da Eldorado Celulose. Segundo pessoas a par do assunto, advogados do grupo indonésio, controlado por Jackson Widjaja, já estão preparados para terem que defender na Justiça a decisão da Câmara de Comércio Internacional (CCI). Vale lembrar que raramente as decisões em arbitragem, considerada a Justiça privada, são anuladas pelo Poder Judiciário. Há um índice estimado de 5% de anulações. As decisões não podem ser revistas, apenas anuladas.
Enquanto aguarda o processo, a Paper também faz as contas sobre quanto pode receber de reparação, valor que ainda está para ser definido pelos árbitros da CCI. A cifra pode chegar aos bilhões de reais. Isso porque os árbitros entenderam que a J&F manipulou informações de forma a desfazer o negócio, fechado em 2017, por 15 bilhões de reais. Quem teve acesso à decisão afirma que o pedido de valores adicionais de 6 bilhões de reais, feito após o contrato assinado, pesou na decisão.
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