O governo federal anunciou nos últimos meses alguns contingenciamentos do orçamento público com o objetivo de cumprir a meta fiscal de déficit zero este ano — que possui uma banda que permite um déficit de até 30 bilhões de reais. Os bloqueios no orçamento atingem áreas como saúde e educação. Os ministérios da Fazenda e do Planejamento têm defendido uma agenda de revisão de gastos para o ano que vem, mas a ideia não tem sido comprada pelo mercado. Economistas elogiam a melhora na comunicação do governo, mas alegam que somente o discurso mudou. Por enquanto, o viés para a dívida pública segue negativo.
“A única melhora na questão fiscal foi a comunicação do governo. Paramos de ter um governo peitando o mercado e negando a necessidade de cortar gastos para um governo que tem sinalizado algum contingenciamento, que não me parece suficiente. O governo está sempre com uma meta mais otimista que a do mercado — um dos dois está errado. A gente não tem visto essa agenda tão forte como precisaria”, diz Helena Veronese, economista-chefe da B.Side Investimentos, em entrevista ao programa VEJA Mercado.
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