O ministro e o mercado: Haddad ecoa o mal-estar das empresas com a Selic
Fernando Haddad dá voz ao incômodo das empresas com os juros elevados
Pergunte a qualquer empresário ou CEO o que acha da Selic a 15% ao ano e a resposta soará muito parecida com a do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em entrevista concedida ontem, na véspera da reunião do Copom, o ministro voltou a demonstrar desconforto com o nível atual da taxa básica de juros. “Penso que os juros estão num patamar exageradamente restritivo”, afirmou, acrescentando que já é possível “começar a pensar em mudar a trajetória”.
Ao ponderar que, há três, quatro ou cinco meses, a resposta sobre o nível de juros “poderia ser diferente”, Haddad sugere que, na avaliação da equipe econômica, o quadro de inflação e de atividade já permite uma inflexão — ainda que gradual — no caminho da Selic.
A declaração repercutiu fortemente no mercado financeiro, e deve seguir afetando nesta quarta-feira. Enquanto parte dos analistas entende o comentário como tentativa de influenciar o Copom, outros avaliam que Haddad busca preparar o terreno para uma nova fase de diálogo entre o Ministério da Fazenda e o Banco Central. O tom do ministro reflete a tensão permanente entre o desejo político de reduzir o custo do crédito e a cautela técnica exigida para preservar a credibilidade da política monetária.
O assunto é tema do mercado de hoje, a partir das 10h.
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