O impacto da crise do varejo nos planos da Petz para 2024
VEJA S/A: varejista deve diminuir ritmo de abertura de novas lojas e limitar movimentos de fusões e aquisições; prioridade será preservar o caixa
As elevadas taxas de juros brasileiras e o alto endividamento das famílias minaram os planos do varejo em 2023. As vendas caíram e as ações das varejistas listadas em bolsa acompanharam a tendência de baixa. A Petz não escapou desse cenário e acumula uma desvalorização de 36% na B3 este ano. O tom da companhia a longo prazo é de tranquilidade, mas para 2024 ainda é de cautela. Em entrevista ao programa VEJA S/A, o fundador e presidente da empresa, Sergio Zimerman, afirmou que a Petz deve abrir menos lojas em relação a 2023. Foram 30 aberturas ao longo do ano. “A gente tem a estimativa de que o número não será superior a 30 no ano que vem”, disse.
As operações de fusões e aquisições que surpreenderam o mercado nos últimos anos também devem ficar em segundo plano. A prioridade da empresa será a integração das aquisições já concluídas pela companhia. “Fusões e aquisições não são prioridade para 2024. Iniciamos um processo intenso de integração das aquisições em 2023 e vamos concluí-lo em 2024, essa é a prioridade”, afirmou. “Novas aquisições poderão acontecer de forma muito pontual e se for algo muito interessante, mas o objetivo de curto prazo, com o mercado arrefecido, é proteger o caixa”, concluiu. Sobre os rumores de fusão com a Cobasi, o empresário se limitou a dizer que não comenta especulações de mercado.
Siga o Radar Econômico no Twitter