O fator que faz as aéreas subirem na bolsa em meio a greve dos pilotos
VEJA Mercado: companhias sobem 15% em apenas três dias
A paralisação dos aeronautas tem causado um alvoroço pelos aeroportos do país nos últimos dias — sobretudo no período da manhã, quando se concentra a maioria dos voos comerciais. A categoria reivindica um reajuste salarial acima da inflação dos últimos dois anos. Mas o assunto não tem intercorrido nas ações das companhias aéreas listadas na bolsa de valores. Apesar das paralisações na alta temporada da aviação, as empresas do setor têm acumulado ganhos dia após dia.
Desde o início da semana, os papéis de Azul e Gol avançaram na casa dos 15%. Para os analistas do Itaú BBA, uma medida provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro que zera as alíquotas de Pis e Cofins das aéreas é a principal atratividade para os investidores do setor. “Essa é uma notícia positiva para a Azul e a Gol, pois estimamos que elas estavam pagando uma alíquota entre 2% e 3%. [Com a isenção] calculamos que o impacto no Ebitda poderia ser de até 580 milhões de reais para a Azul e de até 550 milhões de reais para a Gol”, escreveram em relatório enviado a clientes. Apesar do risco de que a medida não seja convertida em lei, o que faria o benefício despencar céu abaixo, os investidores têm embarcado na tese de que os custos das companhias serão mitigados em função disso.