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O efeito dos juros no derretimento de bolsas e a resistência brasileira

Em semana de tensão, "superquarta" derruba indicadores dos Estados Unidos, mas Ibovespa registra alta com ventos da economia e da política

Por Felipe Erlich Atualizado em 4 jun 2024, 12h01 - Publicado em 24 set 2022, 10h14

No plano externo, os últimos dias foram de alta tensão, derivada da incerteza dos investidores quanto à última reunião do Federal Reserve (Fed), na quarta-feira 21. Nos Estados Unidos, o temor do mercado se concretizou, mesmo que já muito esperado, o banco central americano elevou a taxa de juros do país em 0,75 ponto percentual. Além da elevação, a perspectiva quanto ao patamar dos juros no fim do ano deixou investidores de cabelo em pé. Dezessete membros do Fed acreditam que os juros americanos estarão entre 4% e 4,5% em dezembro. Assim, há expectativa de uma nova alta de 0,75 ponto percentual na próxima reunião.

Em reflexo ao momento de aperto monetário incisivo do Fed, as bolsas mundiais desempenharam mal ao longo da semana. Os índices do Dow Jones, S&P 500 e da Nasdaq despencaram em cerca de 3,7%, 4% e 4%, respectivamente, nesses cinco dias de negociações. Já no Brasil, junto com a manutenção do patamar atual da Selic pelo Banco Central, que se deu na “superquarta”, trazendo certa estabilidade ao mercado, outro fato nacional se destacou no mundo das finanças. A política tomou o noticiário econômico na segunda-feira, 19, com o apoio público de Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central, ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), trazendo ganhos consideráveis para o mercado. O Ibovespa registrou alta de mais de 2% na semana, na contramão da tendência americana.

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