O bônus e o ônus para a CSN caso compre a Samarco
VEJA Mercado: apesar de dívida de R$ 50 bilhões, produção de minério da CSN Mineração quase dobraria se acordo fosse fechado
A CSN confirmou em comunicado que contratou uma assessoria financeira para avaliar a possibilidade de compra da mineradora Samarco, protagonista do desastre ambiental em Mariana (MG) no ano de 2015 e que pertente à Vale (50%) e à BHP Billiton (50%). Segundo os analistas da Genial Investimentos, o bônus de um eventual acordo é um incremento de quase 100% na capacidade de produção de minério de ferro da CSN Mineração, que passaria de 36 milhões de toneladas ao ano para 66,5 milhões de toneladas ao ano caso a Samarco retome a plenitude de sua operação.
O ônus seria uma dívida de 50 bilhões de reais que precisaria ser renegociada com os credores. Uma das possibilidades aventadas pelos credores contempla uma capitalização de 38% da dívida na forma de debêntures, tirando Vale e BHP da gestão da mineradora, tendo como um dos objetivos buscar um investidor estratégico de mineração — possivelmente a CSN. Às 15h50, as ações da CSN e da CSN Mineração recuavam 3,43% e 1,16% em função da desvalorização do minério de ferro na China.
*Quer receber alerta da publicação das notas do Radar Econômico? Siga-nos pelo Twitter e acione o sininho.