O volume de IPOs foi intenso em 2021, mas desde agosto do ano passado que nenhuma oferta nova foi feita na bolsa de valores brasileira. Não é coincidência que a várzea dos IPOs aconteça junto com o movimento das taxas de juros. Em agosto, os juros básicos do país estavam em 5,25% e mais que dobraram neste período.
A expectativa de executivos que atuam intensamente neste área é que não haja nenhum movimento antes das eleições, seguindo o padrão de um ano eleitoral. “Taxa real de 6% acima da inflação é uma competição inglória com a renda variável”, diz Gustavo Miranda, head de investment banking do Santander. Miranda também lembra que a volatilidade, como a que tem sido vista neste ano, é a inimiga número 1 do IPO. O investidor busca muita liquidez nos ativos que comprar para poder sair a qualquer tempo, por isso que têm acontecido ofertas subsequentes, os famosos follow on, em que empresas que já possuem capital aberto lançam novas ações. O próximo follow on é o da Eletrobras, que deve movimentar 30 bilhões de reais e poderá ajudar a atrair liquidez.
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