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Fundador da Esh Capital é condenado por perseguição a Nelson Tanure

Vladimir Timerman teve pena determinada pela Justiça do Estado de São Paulo de um ano, dez meses e 15 dias de prisão; cabe recurso

Por Juliana Machado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 mar 2025, 16h25 - Publicado em 19 mar 2025, 11h29

O gestor e fundador da Esh Capital, Vladimir Timerman, foi condenado pela Justiça do Estado de São Paulo a cumprir um ano, dez meses e 15 dias de prisão por perseguição ao empresário Nelson Tanure, a partir de ameaças feitas em redes sociais. Além disso, a Justiça impôs mais 36 dias de pagamento de multa.

Nessa etapa do processo, a pena privativa de liberdade foi substituída por pena restritiva de direitos, o que significa que o condenado deverá prestar serviços gratuitos em entidades beneficentes na frequência de 8 horas semanais. Se descumprir a pena, Timerman passará a cumprir pena privativa de liberdade em regime aberto.

A decisão foi assinada pela juíza Eva Lobo Chaib Dias Jorge. De acordo com a decisão, em que cabe recurso, Timerman teria feito ameaças à integridade psicológica, “invadindo e perturbando sua esfera de privacidade” de Tanure. A peça diz que o crime de perseguição e ameaça foi amparado em “farta prova documental”, em que publicações feitas no X, antigo Twitter, “se ocuparam de ofender a vítima e gerar importunações em sua vida, incluindo frequentes questionamentos dos jornalistas que desejavam saber a veracidade das postagens”. Na decisão, a juíza também destaca que o “o próprio réu afirmou utilizar sua conta no Twitter para pressionar, constranger, atemorizar e causar efeito manada no mercado”.

Em nota, os advogados de Nelson Tanure, Pablo Naves Testoni e Pierpaolo Cruz Bottini, ressaltam que o empresário foi perseguido “por extenso e longo período” e afirmam que vão enviar cópia da decisão para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) “para a adoção de medidas cabíveis pela autarquia”, além de buscar ressarcimento “do prejuízo causado pela perseguição na operação de aquisição de controle da Alliar (hoje Alliança Saúde)“.

Outro lado

A VEJA, Vladimir Timerman afirmou que é perseguido por Tanure por expor denúncias feitas contra ele e que foi condenado por ter falado em redes sociais de condutas que são objeto de investigação da própria CVM, envolvendo a Alliança e a Gafisa. Segundo Timerman, inquéritos da CVM já investigaram denúncias como insider trading (quando um acionista compra ou vende uma ação de posse de informação privilegiada, que vai interferir na direção dos negócios em bolsa) e atrasos na realização da oferta pública de aquisição de ações (OPA) de controle da Alliança. Timerman também afirma que tem o direito à liberdade de expressão e que o ambiente de sua rede social “é de sua intimidade”.

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No caso da Gafisa, Tanure foi absolvido em processo sancionador da CVM que apurava a aprovação de um aumento de capital com preços que não estavam em conformidade com a Lei das S.A., que rege as companhias abertas. No caso da Alliança, a disputa ocorreu após Timerman acusar Tanure de tentar reunir acionistas minoritários para assumir o controle da companhia.

Em nota, a Esh Capital afirma que entrará com recurso, confiando que a Justiça analisará o caso “com a devida profundidade e equilíbrio” e reverterá a decisão. A nota ressalta ainda que as denúncias e críticas apontadas como elementos de suposta perseguição foram levantadas “no legítimo exercício do direito à informação e à governança corporativa”. A defesa de Timerman afirma que recebeu a decisão condenatória “com espanto” e que o gestor “nunca adentrou a esfera da liberdade: nunca ligou, mandou mensagens ou o procurou em locais públicos e privados”.

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