Os analistas do Itaú BBA preferem adotar cautela e projetam trimestres de lucros mais pressionados para o Nubank por causa de “uma expansão arriscada de empréstimos pessoais”. Em relatório enviado a clientes, os analistas escrevem que o crescimento de empréstimos no segmento de baixa renda torna o banco mais suscetível a ciclos de crédito, que geralmente seguem um período de altas taxas e inflação. Eles apontam que, nos últimos 18 meses, o Nubank adicionou 14 bilhões de reais em empréstimos a clientes que ganham entre 1 e 3 salários mínimos, enquanto os grandes bancos adicionaram um total de 5 bilhões de reais.

“A expansão dos empréstimos pessoais está ficando mais arriscada. O Nubank agora tem uma participação de mercado de 23% nas faixas de baixa renda, com apenas ganhos modestos de participação entre clientes de alta renda. Isso significa que o Nubank está entrando em um ciclo de crédito provavelmente mais difícil, com uma participação maior em um segmento mais arriscado, dentro de um produto mais arriscado”, avaliam. “A história de longo prazo é sólida, mas prevemos lucros mais fracos com risco de queda vindo do negócio principal antes que outras avenidas ganhem força”, concluem.

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