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Executivos tentam convencer reguladores do prejuízo em cascata no caso Oi

Conversas em Brasília esquentam para julgamento do Cade que deve analisar venda da Oi para Tim, Vivo e Claro

Por Josette Goulart Atualizado em 8 fev 2022, 21h54 - Publicado em 8 fev 2022, 17h35
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  • Executivos de empresas de telefonia celular desembarcaram em Brasília nos últimos dias para convencer governo, agência reguladora e Conselho Administrativo do desastre que seria caso a venda da Oi para Tim, Vivo e Claro não seja aprovada. Ou mesmo a aplicação de remédios mais amargos pelo Cade, que poderiam inviabilizar a compra da empresa. O cenário apocalíptico apresentado, segundo fontes próximas às empresas, é que 50 milhões de consumidores ficariam sem operadora, o governo teria que assumir o controle da telefônica e as dívidas de 34 bilhões de reais reestruturadas na recuperação judicial não seriam pagas. Só o BNDES tem 5 bilhões de reais na mesa. A Anatel tem outros 7 bilhões de reais. Fora os credores como BB, Caixa e bancos privados em geral, além dos bondholders. O BTG que fez o empréstimo-ponte da compra dos ativos de telefonia móvel também seria atingido. Outro efeito colateral seria o negócio da V.tal, que foi adquirida pelo Globonet que é do BTG, já que a empresa ainda terá a Oi como sócia. Outro argumento é de que os que agora questionam o negócio, como Algar e Sercomtel, do empresário Nelson Tanure, não quiseram participar do leilão judicial e agora tentam inviabilizar o negocio de 16,5 bilhões de reais. A pressão é para que haja um novo leilão.

    O julgamento do Cade está marcado para esta quarta-feira, 9. Mas o sinal de alerta se acendeu nas empresas depois que o Ministério Público protocolou um memorial questionando o possível cartel das empresas de telefonia e recomendando que o conselho não aprove o negócio. Além disso, investidas da Copel Telecom levaram pressão sobre a Anatel,  que emitiu nota dizendo que sua decisão de aprovar o negócio segue valendo. A agência foi questionada em razão da assinatura de um substituto do presidente da agência no documento de aprovação que não era efetivamente o presidente na ocasião. Fontes dizem que a Anatel deve resolver esta questão formal com uma reunião extraordinária, já que a diretoria da agência havia aprovado por unanimidade o negócio.

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