O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, alfinetou o novo programa de crédito consignado privado do governo Lula. Durante coletiva de imprensa de apresentação do relatório trimestral de inflação, o chefe do BC admitiu que o programa vai na contramão das medidas adotadas pela instituição para controlar a inflação e atividade econômica do Brasil.

“A medida do consignado privado ainda precisa ser compreendida. Inicialmente estimativas maiores, agora menores. Há muita dúvida sobre quanto isso representa um fluxo novo de crédito ou uma substituição de dívida antiga por nova, e sobre como isso vai se desdobrar no tempo. Há uma série de dúvidas e a resposta é: não, não consideramos ainda em nossas projeções”, disse. “Essas medidas novas do governo estão conversando menos com o momento e o ciclo da política monetária”, disse.

Galípolo também se referiu ao projeto de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até 5 mil reais por mês e à liberação de 12 bilhões de reais em recursos do FGTS para trabalhadores que foram demitidos sem justa causa e não poderiam sacar o dinheiro por terem optado pela modalidade saque-aniversário. O novo consignado privado promete crédito a juros menores aos trabalhadores por meio do desconto dos valores nos salários.

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