Com Santos, bets devem ultrapassar R$ 1 bilhão em patrocínios
Aumento é de 25% em relação ao Campeonato Brasileiro de 2024

Ao contrário do que aconteceu na última temporada, o ano de 2025 começou com 100% dos clubes patrocinados por empresas de apostas, sendo que 18 dos 20 clubes possuem a marca de uma bet no espaço principal da camisa, o máster. Em 2024, eram 12 clubes com empresas deste segmento. O mais recente deles é o Santos, que nesta segunda-feira, 21, anunciou a parceria com a 7k, que pertence ao grupo Ana Gaming, com valores que podem alcançar até 150 milhões de reais com metas e bônus, por dois anos de contrato.
De acordo com valores extraoficiais, o investimento anual dessas empresas vai superar 1 bilhão de reais, um acréscimo de mais de 30% em relação ao último ano. Isso porque, além do reajuste em alguns contratos e de todos os times serem patrocinados por essas empresas, ao contrário de 2024, a entrada da Sportingbet no Palmeiras, ocupando o lugar da Crefisa, também contribuiu para esse aumento. De acordo com dados de mercado, assim como o Verdão, a Pixbet, no Flamengo, e o Esportes da Sorte, no Corinthians, desembolsam mais de 100 milhões de reais por ano pelos patrocínios. “O Santos é um dos clubes mais tradicionais do Brasil, dono de uma trajetória única, centenária, repleta de amor e de dedicação Sempre foi um time de excelência, revelando grandes craques como Pelé e Neymar Jr”, afirma Marco Túlio, CEO da Ana Gaming.
Essa tendência, aliás, não pertence ao Brasil. De acordo com levantamento do site Bolavip, 30% dos patrocínios no futebol mundial são casas de aposta – ou em três em cada 10 clubes, envolvendo mais de 200 agremiações das 12 principais ligas do planeta (Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil, Espanha, França, Holanda, Inglaterra, Itália, México, Portugal e Turquia). Já o segundo segmento que mais aparece nas camisas é o de instituições financeiras, com metade do número das empresas de aposta. “A regulamentação separa o joio do trigo, garantindo apenas a presença de empresas sérias, e cria novas oportunidades para atrair o interesse de operadores internacionais, consolidando o Brasil como um dos mercados mais relevantes do mundo no setor”, acrescenta Leonardo Henrique Roscoe Bessa, consultor do Conselho Federal da OAB e sócio do Betlaw, escritório de advocacia especializado no setor de jogos e apostas.