Campo de Peregrino: o que está por trás da venda da Equinor para a Prio
Negócio foi fechado em US$ 3,5 bilhões

A Prio acertou a compra de 60% do campo de Peregrino, da Equinor, por 3,5 bilhões de reais. O interesse não é de hoje. No ano passado, a Prio adquiriu a participação de 40% da Sinochem no campo Peregrino. “Este negócio faz parte do nosso esforço contínuo para aprimorar portfólio internacional por meio de desinvestimentos e aquisições. Continuamos a ver potencial de crescimento e oportunidades para estender a longevidade de nosso portfólio internacional de petróleo e gás,” afirma Philippe Mathieu, vice-presidente de Exploração e Produção Internacional da Equinor.
Com a venda, a Equinor vai focar a operação local na produção do campo de Bacalhau, na Bacia de Santos, e no projeto de gás natural Raia, na Bacia de Campos. A previsão é que, com esses dois projetos, a produção líquida da empresa dinamarquesa se aproxime de 200 mil barris por dia até 2030.
A Equinor opera o campo Peregrino desde 2009, e cerca de 300 milhões de barris de petróleo foram produzidos até hoje. Peregrino é um campo de petróleo pesado e consiste em uma plataforma flutuante de produção, armazenamento e descarregamento (FPSO), apoiada por três plataformas fixas. O campo está localizado na Bacia de Campos, a leste do Rio de Janeiro. No primeiro trimestre de 2025, a participação da Equinor na produção do Peregrino era de cerca de 55 mil barris por dia.