A vertente que mais cresce no iFood — e não é a de delivery
Área de benefícios da companhia já se aproxima de 1 milhão de trabalhadores pelo país e deve ser expandida com novo marco legal do segmento
Depois de se tornar um player dominante no segmento de entregas de refeições a domicílio, o iFood tem enveredado para outras vertentes. Desde 2019, a empresa se aproximado do mercado corporativo com oferta de soluções para mitigar as fricções entre as áreas de recursos humanos e os empregadores. Seu cartão iFood Benefícios, por onde mais de 6.000 empresas pagam Vale-Alimentação e Vale-Refeição (os tradicionais VA e VR), já é usado por cerca de 700.000 funcionários. Com a aprovação da portabilidade desses benefícios prestes a entrar em vigor, o iFood vislumbra um ‘oceano azul’ para continuar expandindo em 2023.
Além do VA e do VR, a empresa também oferece para as empresas a funcionalidade de carregar outros benefícios como Vale-Cultura e Vale-Transporte em um único cartão. “A gente lançou a área de mobilidade dentro do cartão tendo em vista que as empresas precisavam se adaptar à nova realidade do trabalho híbrido. O nosso cartão já é aceito em mais de 40.000 postos de gasolina, mas também tem suporte para aluguel de bicicleta, estacionamento e aplicativos de transporte”, afirma a diretora de crescimento e produtos do iFood Benefícios, Paula Rabelo.
Para ela, as mudanças promovidas pelo Marco Regulatório Trabalhista Infralegal, sancionado em 10 de novembro, abrirão o segmento para a inovação, colocando o trabalhador no centro das tomadas de decisões. Com as alterações na legislação, todos os estabelecimentos deverão aceitar os tipos de cartões de VA e VR disponíveis no mercado, além de abrir a possibilidade para que os funcionários de uma determinada empresa possam escolher a bandeira desse cartão. “Eu acho que a decisão favorece o trabalhador, porque dá poder de escolha a ele. Quando o mercado se abre para novos entrantes e novos competidores, ganha a empresa que oferece o melhor produto e a melhor conveniência”, diz a executiva. As novas regras (portabilidade e interoperabilidade) do mercado entram em vigor em maio de 2023, mas ainda carecem de uma regulamentação.
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