A rotina de Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma, na cadeia
Dono da Ultrafarma está preso desde terça-feira, 12, numa delegacia na Zona Leste de São Paulo

Uma Ultrafarma adorna a esquina do 8º Distrito Policial de São Paulo, no bairro do Belenzinho, na Zona Leste. Na entrada, uma grande foto de Sidney Oliveira, o dono do negócio, sorridente, dá boas-vindas aos clientes. A poucos passos dali, o empresário está preso. Detido em investigação por fraudes em créditos tributários que ultrapassam 1 bilhão de reais.
Não é fácil sua rotina na cadeia. Desde terça-feira, 12, Oliveira está detido junto a outras cinco pessoas que foram alvo da Operação Ícaro. São sete pequenas celas na delegacia, entre 6 e 9 metros quadrados cada. Considerando Oliveira e os outros investigados, são 52 presos. Ou seja, mais de sete detidos por cela — eles mesmos definem a distribuição da hospedaria.
Oliveira dorme em um fino colchão ao lado do banheiro. São três refeições por dia: café da manhã, almoço e jantar. Um marmitex padrão, com arroz, feijão e uma proteína. Durante o dia, todos ficam juntos no pátio da delegacia, em banho de sol. Às 17h, eles são levados para suas celas.
Curiosos mudaram o dia-a-dia da delegacia. Desde que Oliveira foi preso, pessoas passaram a movimentar o entorno do Distrito. “É o custo de ter uma celebridade presa”, diz em condição de anonimato um dos carcereiros. “Nessas horas a democracia funciona”.
Veja fotos do espaço:

